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sábado, fevereiro 09, 2013

Falta de camas e horas de espera no Hospital de Portalegre deixam familiares de doente indignados

Os familiares de um idoso, que alegadamente esteve várias horas a aguardar internamento para ser operado no Hospital de Portalegre, manifestaram-se indignados por o doente ter sido enviado para casa por falta de camas.

Em declarações à agência Lusa, o genro do idoso, José Domingos, criticou profissionais de saúde do Hospital de Portalegre, por terem deixado o homem "isolado várias horas à espera", e garantiu que vai apresentar queixa no livro de reclamações da unidade hospitalar.
Contactada pela Lusa, a administração da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), que integra o Hospital de Portalegre, alegou ter tido conhecimento do caso através da comunicação social e admitiu proceder a averiguações "logo que seja apresentada uma queixa formal pelos familiares do doente".
O idoso, de 84 anos, residente numa aldeia do concelho de Nisa (a mais de 50 quilómetros de Portalegre), foi convocado para ser internado na segunda-feira para, no dia seguinte, ser sujeito a uma intervenção cirúrgica a uma hérnia inguinal.
De acordo com José Domingos, o sogro foi convocado para estar no hospital "às 10.00 horas", para internamento, tendo feito os exames pré preparatórios e ficado a aguardar, depois, numa sala de espera.
"Às quatro e tal da tarde já não aparecia ninguém e aí tomei a iniciativa de saber o que se passava, porque o doente estava abandonado naquela sala", relatou.
Depois de questionar funcionários, foi comunicado a José Domingos que "não havia camas" e que a médica responsável "já não estava de serviço" àquela hora.
José Domingos indicou que depois foi ao encontro de um outro médico, que decidiu "passar uma receita com mais umas injecções" e enviar o idoso para casa.
O genro do idoso indicou que os médicos informaram que, "a partir segunda-feira", o doente voltaria a ser convocado para internamento.
Durante vários dias, recordou, o doente tomou medicação para a diluição do sangue e foi sujeito a um tratamento com injecções para poder ser operado, tendo agora que repetir o mesmo tratamento nos cinco dias anteriores à intervenção cirúrgica.
"A minha revolta é que esteve um homem desde das 9.45 até por volta das 17 horas sem que ninguém dissesse nada", referiu.
Para José Domingos, a situação que envolveu o sogro, com "problemas de mobilidade", poderia ter sido evitada se o hospital tivesse feito um "simples telefonema" a comunicar o que se estava a passar.

Texto: Pedro Soeiro c/ LUSA | Imagem: DR

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