“O surpreendente ao aterrar em Lisboa é o quão rápido, dirigindo-nos
de carro em direcção ao Sul, somos transportados para o campo profundo”. É desta
forma que Eli Gottlieb inicia mais um artigo no New York Times, desta feita dedicado
exclusivamente ao Alentejo.
O cronista norte-americano escreve que durante cinco dias
viajou “por vilas medievais caiadas de branco, serras, castelos e uma
constelação de vinhas brilhantes e modernas”. Eli refere que o Alentejo “é um
destino de férias para viajantes à procura dos prazeres europeus” e que está “finalmente
a atingir um patamar internacional e que está rapidamente a tornar-se um dos
destinos de topo em todo o mundo, no que aos vinhos diz respeito”.
Num artigo que já se encontra disponível no sítio na
internet do New York Times, mas que apenas sairá na edição impressa de amanhã,
18 de Janeiro, Goettlieb faz referências à cortiça e à sua importância na
economia nacional e mundial, às oliveiras e também à biodiversidade alentejana,
num artigo muito pessoal e com muitas considerações ao seu amigo Martin, que
vive em Portugal há mais de 30 anos, e que o acompanha nestas férias por terras
alentejanas.
Após passarem por várias “vilas medievais caiadas de branco”,
fazem a primeira paragem em Montemor-o-Novo, no “Grupo de Pesca Desportiva à
Linha”, onde foram bem recebidos, e onde o empregado de mesa revelava uma
especial excitação, pois naquele preciso dia o Cante Alentejano havia sido
designado Património Mundial.
Num extenso artigo, Eli relata também a sua surpresa ao ver
um alentejano comer “um cubo branco, em forma de tijolo”, o muito apreciado toucinho
alentejano, e faz uma curiosa referência aos “mata-velhos”, explicando depois o
que são.
Após descrições sobre o Restaurante Porfirios, em Redondo, e
o seu menu, elogiando especialmente a Sopa de Cação e o Arroz de Pato, distinguindo
a cozinha alentejana e portuguesa, com especial destaque dado ao porco preto.
Confidencia que pernoitou em Monsaraz, “na imaculada Casa
Pinto”, e em Marvão, tendo passado dois dias a ver belas paisagens, a comer e
beber bons vinhos, “bem estruturados” e a baixo preço.
Tendo percorrido a “rota dos vinhos” visitou várias adegas,
destacando a obra de Siza Vieira, a Adega Mayor e um jantar de nível mundial na
Herdade dos Grous, perto de Beja.
Distingue o Alentejo e os seus vinhos de outros países
como a Itália e diz que “o Alentejo parece só agora estar a acordar para a sua
importância mundial”.
Conheça
este artigo na íntegra, visitando a página do New York Times, aqui.
Texto: Pedro Soeiro c/ Tribuna do Alentejo | Imagem: James Rajotte
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