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sexta-feira, dezembro 14, 2012

Mais uma vez a inovação no Alentejo. Fundação Eugénio de Almeida planta papoilas para fins medicinais.

A água de Alqueva potencia novas culturas no Alentejo e a Fundação Eugénio de Almeida (FEA) está na vanguarda dessa potencialização. A FEA quer rentabilizar a sua capacidade produtiva com o reforço da aposta no regadio, e entre as novas culturas, a instituição está a trabalhar com uma empresa farmacêutica escocesa, num projecto de plantação de papoila, para produção de morfina. O referido projecto é pioneiro, está rodeado de alguma confidencialidade por motivos de segurança e encontra-se em fase experimental.

Estamos a fazer, já desde o ano passado, a produção de papoila para fins farmacêuticos. É uma produção muito controlada, mas somos inovadores. É uma área que vai aumentar no próximo ano”, confirmou à Renascença o administrador delegado da instituição, Luís Rosado. 
Não se conhecem os valores envolvidos no projecto, mas a Fundação estima que, em termos globais, o investimento no próximo ano, na área agrícola, possa chegar aos dois milhões de euros. 
Entre vinhas, novas áreas de regadio e equipamentos na adega, será à volta de dois milhões de euros. Posso dizer, ainda, que nos últimos seis anos, a fundação, tem uma média de investimento anual de três milhões e meio de euros”, contabilizou. 
Face às dificuldades do país, a internacionalização é um caminho que está a ser trilhado. Os vinhos e os azeites são os produtos tradicionais com marca própria, que fizeram crescer as exportações. “Crescemos em valor, 60% para o exterior e 40% no mercado nacional. O investimento que fizemos há longos anos, em mercados como o brasileiro, o norte-americano, e mais recentemente em Angola, permitiu-nos dar um salto muito grande nos últimos dois anos. 
A Fundação Eugénio de Almeida, instituição que “alimenta” muitos projectos de solidariedade, acaba também de dar início a um novo ciclo na sua história, com uma nova identidade corporativa, apresentada no começo das celebrações dos 50 anos de actividade ao serviço da comunidade.

Texto: Pedro Soeiro c/ Rosário Silva (Rádio Renascença) | Imagem: DR

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