E a notícia enche Estremoz de orgulho. A estremocense Rita Guerreiro é uma das autoras principais do estudo que permitiu descobrir uma mutação rara que aumenta o risco de desenvolver a doença de Alzheimer.
Rita Guerreiro faz parte da equipa de cientistas do Instituto de Neurologia do University College de Londres, instituto que liderou uma equipa internacional onde estavam incluídos investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (UC).
Rita Guerreiro, é filha do antigo Presidente e Vereador da Câmara Municipal de Estremoz, José Emílio Guerreiro e da professora Elvira Louro.
Estremoz Soeiro apresenta-lhe de seguida a notícia publicada no site Ciência Hoje.
Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e
Biologia Celular (CNC) e da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
(UC) participou num estudo com institutos de todo o mundo que permitiu
descobrir uma mutação rara que aumenta o risco de desenvolver a doença de
Alzheimer.
A investigação, agora publicada na revista The New England
Journal of Medicine, revela que embora rara, esta mutação é muito importante
para a compreensão das causas da doença e poderá vir também a ser importante no
desenvolvimento de novas terapias.
“O facto de se encontrar uma mutação que, embora rara,
quando presente confere um aumento do risco para desenvolver a doença de
Alzheimer, e a relação do gene TREM2 com a resposta imunológica, abre novas
perspectivas para a compreensão dos mecanismos desta doença e,
consequentemente, para potenciais estratégias terapêuticas futuras”, afirma
Catarina Resende de Oliveira. “Isto é particularmente relevante quando se trata
de uma doença com as características devastadoras como as que a doença de
Alzheimer tem actualmente não só para os doentes como também para as suas
famílias, e para a qual as medidas terapêuticas são escassas”, sublinha a
investigadora da UC.
A equipa internacional deste estudo que envolveu a análise
de dados de mais de 25 mil pessoas foi liderada por cientistas do Instituto de
Neurologia do University College de Londres, da qual fazem parte dois dos
autores principais, os portugueses Rita Guerreiro e José Miguel Brás.
Os avanços na tecnologia vieram permitir estudar genes mais
detalhadamente, detectando mutações impossíveis de encontrar até então. Embora
as causas da doença de Alzheimer sejam ainda desconhecidas, uma mistura
complexa de factores genéticos e ambientais são as mais prováveis.
Entre as possíveis causas genéticas, os investigadores
descobriram agora uma mutação de um gene chamado TREM2 que está associada a um
maior risco de desenvolver doença de Alzheimer.
Embora esta variação do gene TREM2 seja rara (apenas
0,3% da população mundial terá esta mutação), os investigadores descobriram que
ela aumenta em cerca de três vezes o risco, sendo este o maior valor já
encontrado entre os genes associados à doença de Alzheimer nos últimos 20 anos.
O que se sabe para já acerca do gene TREM2 é que este tem um papel na resposta
imunitária no nosso cérebro numa situação de lesão ou doença, que poderá ficar
comprometida quando existe a mutação agora detectada.
Texto: Pedro Soeiro e www.cienciahoje.pt | Foto: DR
Sem comentários:
Enviar um comentário