A Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo garantiu na passada sexta-feira que os cuidados de saúde no Hospital de Elvas a utentes que residem fora do concelho elvense estão "assegurados", após protestos de autarcas da zona.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da ARS do Alentejo, José Robalo, afirmou que "a prestação directa" de cuidados de saúde "mantém-se exactamente igual à que estava", sublinhando que "não há variação absolutamente nenhuma".
A garantia do presidente da ARS surge depois dos presidentes de oito municípios do Alentejo terem contestado, nos últimos tempos, alegadas restrições no Hospital de Elvas, afirmando que os serviços "condicionam" o acesso aos cuidados de saúde a utentes que residem fora do concelho de Elvas.
Os autarcas de Borba, Estremoz, Vila Viçosa, Alandroal, Sousel, Elvas, Monforte e Campo Maior baseavam-se num despacho da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA) datado de 17 de Outubro.
De acordo com a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo (CIMAA), o documento determinava a "impossibilidade do Hospital de Elvas poder prestar serviços a residentes fora da sua área de influência", por "os custos com os medicamentos serem demasiado elevados".
Numa reunião, realizada na quinta-feira, em Évora, entre os autarcas e a ARS do Alentejo, o caso ficou "resolvido e esclarecido" e, segundo José Robalo, o despacho "nunca teve um efeito definitivo", sublinhando que se tratava apenas de um documento "interno".
Contactado pela Lusa, o presidente da CIMAA, Armando Varela, mostrou-se satisfeito com o resultado da reunião com a ARS do Alentejo, indicando que o despacho fica "sem efeito" e que "houve bom senso" no sentido de "recuar" numa decisão que era "errada".
Texto: Pedro Soeiro c/ LUSA
Texto: Pedro Soeiro c/ LUSA
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