O simples facto de ter havido uma festa de aniversário no Lar
do Centro Social e Paroquial de Santo André, no passado dia 12 de Janeiro, não
é certamente motivo de notícia. Mas o facto de o aniversariante ter completado
100 anos, é motivo mais do que suficiente para se fazer uma peça de reportagem.
António Batista nasceu em Lisboa, a 12 de Janeiro de 1914.
Aos 20 anos chegou a Estremoz e não mais saiu da terra que o acolheu. Filho de
mãe alentejana, natural de Vila Nova da Baronia, António Batista confessou ao “Estremoz
Soeiro” amar o Alentejo, ao ponto de nos dizer que “adoraria ser alentejano,
mas nasci em Lisboa”.
Serralheiro de profissão, António Batista tem na poesia uma
das suas grandes paixões, confidenciando-nos que “faço poemas desde os 10 anos”.
Conhecido do Centro Social por ser frequentador dos Centros
de Convívio, António Batista era utente do apoio domiciliário da instituição de
solidariedade social. Após uma visita da equipa do centro à sua habitação, foi
levado para o Lar perto da quadra de Natal. Uma das responsáveis da instituição
confidenciou ao "Estremoz Soeiro": “Não o conseguimos levar para casa na noite de
Natal e cá tem ficado”. São estes gestos que dão mais significado à palavra Solidariedade.
António Batista é o primeiro utente do Lar do Centro Social
e Paroquial de Santo André a completar 100 anos na instituição. Mas durante o
almoço de aniversário do Sr. Batista, que ocorreu nas instalações da
instituição depois de todos terem marcado presença na missa dominical na Igreja
de São Francisco, havia utentes que garantiam serem os próximos a cumprirem um
século de vida no Lar do Centro.
Ainda com um sopro considerável, António Batista apagou a vela do seu bolo de aniversário, que foi degustado pelos seus colegas com apreciável satisfação.
Ainda com um sopro considerável, António Batista apagou a vela do seu bolo de aniversário, que foi degustado pelos seus colegas com apreciável satisfação.
Texto e fotos: Pedro Soeiro
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