A Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza,
alertou no dia de ontem, sexta-feira, 28 de Fevereiro, para problemas vários
que estão a ocorrer na instalação de um parque eólico no Alto dos Forninhos, no
Parque Natural da Serra de São Mamede, em Portalegre.
A Quercus salienta ainda
que para além dos problemas que já estão identificados, há outros que estão a
ser analisados.
Favorável à utilização de energias renováveis em vez de
energias não renováveis, a associação de defesa do ambiente relembra que estas não
têm impactos neutros no ambiente e que os seus efeitos podem até ser negativos.
A Quercus está peremptoriamente contra a implantação de parques eólicos dentro
de áreas protegidas, relembrando que no caso dos parques eólicos os cuidados de
instalação necessários são acrescidos.
Devido ao facto da instalação dos parques eólicos poder vir
a ter efeitos negativos na paisagem, geologia, flora, e fauna das regiões onde
são implantados, tais circunstâncias obrigam a que os mesmos sejam objecto de
avaliações na sua implantação. A Quercus afirma que tal não terá acontecido com
o parque eólico do Alto dos Forninhos, onde se prevê que ocorram impactos ao
nível da fauna (morcegos e aves sobretudo).
A organização não-governamental acredita também que as
populações deveriam ter sido envolvidas no processo que levou à decisão de
instalação do parque eólico, na medida em que seria necessária a participação
dos cidadãos nos processos decisórios.
Os impactos visuais do parque eólico são alvos de críticas
por parte de residentes na zona e existem também alterações ao próprio projecto
que não estavam previstas inicialmente. O alargamento da Estrada Municipal 522
é uma dessas alterações, algo que a Quercus acredita que poderá provocar um
maior impacto na flora e na fauna, através da pressão humana acrescida e da
criação de um efeito barreira nessa área.
Texto: Pedro Soeiro c/ Sapo | Imagem: DR
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