No dia de ontem, quarta-feira, 21 de Janeiro, quatro forças
políticas com secção em Estremoz, emitiram um comunicado conjunto em que
censuram a atitude do Presidente da Câmara Municipal local, Luís Mourinha, que
na reunião de câmara do passado dia 7 de Janeiro, terá proibido colaboradores
de um jornal local de captarem som e imagens da respectiva reunião.
Em comunicado conjunto, PS, PSD, CDS e BE, afirmam que Luís
Mourinha “violou o direito” consagrado na Constituição da República de “acesso
à informação” ao ter impedido “que os colaboradores de um jornal local fizessem
o seu trabalho”. Pode ainda ler-se que esta atitude “arrastou o Executivo para
uma situação onde claramente não nos revemos”.
As estruturas políticas locais desvinculam-se “totalmente
das tomadas de posição que o mesmo entendeu tomar” e afirmam ainda que “a
postura do Senhor Presidente da Câmara só o deve responsabilizar a ele próprio”.
Chegam mesmo a referir que “esta atitude, representa uma forma de entender e
viver a democracia que não se enquadra no pós 25 de abril, muito menos num
Estado de Direito Democrático e na qual não nos revemos”.
Já durante a tarde de hoje, quinta-feira, 22 de Janeiro, a
autarquia liderada por Luís Mourinha reagiu, também emitindo um comunicado em
que refere que na reunião de câmara do dia 7 de Janeiro, “dois
jornalistas do “Jornal E” efetuaram a montagem de um tripé com uma câmara de
vídeo no Salão Nobre, preparando-se para proceder à gravação de som e de
imagens vídeo da referida reunião, sem que para tal tivessem solicitado
qualquer tipo de autorização ao Presidente da Câmara”.
O comunicado salienta
que “usando da competência que a Lei lhe confere, pois é a ele que compete
dirigir os trabalhos e manter a ordem nas sessões, o Presidente da Câmara informou
os jornalistas que não poderiam efetuar gravação de som e imagem vídeo, pois
para tal não tinham sido autorizados. Informou ainda que poderiam assistir aos
trabalhos, tirar notas e recolher fotografias do andamento dos trabalhos, tendo
em conta o facto de a sessão ser pública”.
A autarquia afirma que “não se compreende a posição conjunta destas quatro forças
políticas” naquilo que a edilidade considera “uma não questão”. O comunicado escrito pela
autarquia desmente as forças políticas em relação ao alegado impedimento dos
jornalistas em realizarem o seu trabalho e à violação do direito ao acesso à
informação. “Tal não corresponde à verdade, pois como já foi referido e consta
da ata da sessão, o Presidente da Câmara apenas não autorizou a gravação de som
e imagens vídeo, tendo possibilitado outras formas de acesso à informação” pode
ler-se.
O comunicado culmina com críticas às forças
políticas: “Não estando o PSD, o CDS e o BE presentes no local dos
acontecimentos, como lhes é possível tomar posição sobre este assunto, na
medida em que não têm conhecimento efetivo dos factos? (…) É, por isso, lamentável que os partidos políticos assumam
este tipo de posições, em defesa de direitos que renegam quando são poder,
sendo certo que agora só o fazem para tentar denegrir a imagem do Presidente da
Câmara e do Município de Estremoz”.
Texto: Pedro Soeiro | Imagem: DR
2 comentários:
O problema meu caro, não é o acesso à informação mas sim o uso que dela fazem, e que muitas vezes só serve para difamações e mais nada.
Este anónimo só tem razão. Mas nesta terra as pessoas só andam à procura que "coisinhas" para lavar a língua. E assim vamos continuar.
Se esta gente pensasse em trabalhar e menos em sindicatos tinhamos aqui empresas pois estamos perto de espanha e temos uma posição privilegiada no eixo Norte-Sul.
Passamos aqui o tempo a lavar roupa suja e a criticar uns aos outros, e deixamos sair desta terra a "massa crítica". Quantos Estremocenses tiveram de abandonar esta terra? aqui nada seriam! porque esta gente tem boca e lingua suja, e mentalidade de há três Séculos.
DeEstremoz sairam jovens que hoje esta cidade devia ter orgulho deles. Cidade Feudal, xiça???
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