João Maria Branco e Luís Filipe Mourinha |
Bem ao seu jeito, e não querendo deixar os seus créditos por
mãos alheias, Mourinha lançou algumas farpas para aqueles que ainda criticam o
processo de concessão da praça.
Nesta entrevista concedida a Hugo Calado, e que passou ontem
no programa da estação emissora calipolense, “Tauromaquia”, o edil estremocense
afirmou que “em termos taurinos, esta é das praças mais cómodas do país”. Salientando
que a Praça de Touros de Estremoz é agora “um espaço multifunções” e que vai
receber outro tipo de espectáculos que não só touradas, Mourinha afirmou que a
mesma vai ser inaugurada “com um ano de atraso”, não por culpa do empreiteiro,
mas por culpa “das aprovações comunitárias e das modificações no Governo”, por
um lado, e do rigoroso Inverno, por outro.
No dia em que a entrevista foi gravada, o cavaleiro
tauromáquico estremocense João Maria Branco, experimentava a areia da praça,
adquirida a uma empresa nacional por indicação do pai do rejoneador espanhol
Diego Ventura. Luís Mourinha salientou que “estamos a trabalhar em conjunto
para que tudo corra bem para todos”.
O Presidente da Câmara Municipal de Estremoz referiu ainda
que “a praça anteriormente tinha 4 mil lugares” e que agora vai ter uma
ocupação de 2400, estando ainda prevista a sua ampliação “em mais 700 lugares”.
Durante esta entrevista, o edil estremocense enumerou as
diversas alterações ocorridas no tauródromo, quer em termos de comodidade para
o público, nomeadamente os novos camarotes e o facto da pala ser agora maior,
quer em termos de comodidade para os animais, classificando mesmo os curros como
um “hotel de 5 estrelas”. Luís Mourinha referiu ainda que a praça estremocense
vai ter uma capela, e que por indicação do Padre Fernando, a mesma terá como
santa protectora, Nossa Senhora de Fátima.
Um dos capítulos que mais celeuma tem levantado em relação à
Praça de Touros de Estremoz, prende-se com a sua gestão. Mourinha revelou que a
empresa “Campo e Praça” será a responsável pelas três primeiras corridas de
touros: 30 de Agosto, 21 de Setembro, e uma outra data a definir. “É o que está
previsto no acordo que temos” salientou. Sobre toda a “novela” que tem sido
feita à volta da questão da gestão da praça, Luís Mourinha é peremptório: “Quem
paga, manda”. Acrescentou ainda que “ninguém se apropria de um bem de outro” e que
basicamente o que se passou é que “houve alguém que fez conta com uma coisa que
não tinha sido escrita, nem tomada como certa”.
Concluiu o assunto gestão afirmando que, com o cartel
apresentado pela “Campo e Praça”, “a empresa demonstrou que quer fazer desta
praça uma praça de referência a nível taurino, que é o mais importante no meio
disto tudo”. Ao seu jeito, “lançou” algumas farpas aos críticos desta opção de
gestão: “não podemos ceder isto a pessoas que não pagam impostos”.
A recuperação da Praça de Touros de Estremoz, bem como da
sua envolvente, incluindo a recuperação das muralhas, “tarefa que competia ao
Estado”, como referiu Luís Mourinha, representa um investimento total que ronda
um milhão e oitocentos mil euros (acrescido de IVA), tendo sido cofinanciado em
85% pelo INALENTEJO, no âmbito do Programa de Acção para a Reabilitação Urbana
da Cidade de Estremoz.
Entrevista para ouvir na íntegra no site da Rádio Campanário, em www.radiocampanario.com
Texto: Pedro Soeiro | Imagem: Rádio Campanário
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