
A concelhia do Partido Social Democrata (PSD) de Estremoz
demitiu-se devido à "situação gerada pela eventual candidatura" do
presidente da Câmara de Fronteira, o social-democrata Pedro Lancha, ao
município, revelou o presidente demissionário da estrutura partidária.
Manuel Broa adiantou à Lusa que a Comissão Política
Concelhia do PSD de Estremoz "ficou sem legitimidade e sem condições para
continuar a trabalhar", depois de ter surgido na comunicação social o nome
do social-democrata Pedro Lancha como candidato do PSD à presidência da Câmara
de Estremoz, "sem que esta situação tivesse sido discutida pela
concelhia".
"A Assembleia de Secção e os militantes de Estremoz do
PSD foram confrontados com uma situação que ainda não tinha sido discutida pela
Comissão Política Concelhia, a quem compete aprovar o nome do candidato, e
solicitar, depois, o parecer à Assembleia de Secção", disse.
O presidente da Câmara de Fronteira, que, de acordo com
fontes partidárias, chegou a ser indicado como candidato do PSD ao município de
Estremoz nas próximas eleições autárquicas, mostrou-se, depois, indisponível
para avançar, alegando motivos pessoais.
As mesmas fontes adiantaram à Lusa que uma candidatura de
Pedro Lancha à Câmara de Estremoz, liderada por um movimento independente,
chegou a estar em cima da mesa e que o autarca, inicialmente, mostrou
disponibilidade para encabeçar a lista social-democrata.
Contudo, explicaram as fontes, Pedro Lancha manifestou, mais
tarde, a sua indisponibilidade para ser o candidato do PSD à Câmara de Estremoz,
alegando motivos pessoais.
Contactado pela Lusa, o autarca admitiu que existiram
"algumas conversas" para ser o cabeça-de-lista a Estremoz, mas disse
que "nunca houve nada de concreto ou formal".
Pedro Lancha, economista, de 61 anos, é presidente do
município de Fronteira, há cinco mandatos consecutivos, tendo desempenhado o
cargo de presidente da Comissão Política Distrital de Portalegre do PSD, entre
2006 e 2008.
Em comunicado, a concelhia social-democrata de Estremoz
refere ter decidido, por unanimidade, apresentar a sua demissão, considerando
que "não estão reunidas as condições mínimas e necessárias para o
desenvolvimento de um trabalho profícuo em defesa dos princípios do PSD, em
particular, e da população do concelho de Estremoz, em geral".
Segundo o documento, a concelhia demissionária deliberou,
também, solicitar ao presidente da Mesa da Assembleia de Secção que,
"perante esta situação, proceda em conformidade com os estatutos do
partido para que se clarifique a situação da Secção de Estremoz e sejam
minimizados os reflexos no processo eleitoral" das autárquicas.
Texto: Pedro Soeiro c/ LUSA | Imagem: DR
2 comentários:
Estamos mesmo a ver que o PSD não se candidata para que Mourinha ganhe!...
Broa no seu melhor como sempre...
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